O que mancha (2021)

Neste primeiro espetáculo dirigido e dançado por Beatriz Sano e Eduardo Fukushima, os dois borram os limites dentro e fora do palco. No trânsito entre os papéis de coreógrafos, diretores e dançarinos, a dupla constrói a obra a partir da vibração imbricada entre voz e movimento. A ação de produzir som e gesto ao mesmo tempo faz com que noções de dualidade, como a de humano e animal, mulher e homem e matéria viva e morta sejam desestabilizadas. Misturados um no outro, os dois mancham as fronteiras corporais e trafegam por sonoridades captadas e retrabalhadas ao vivo numa mesa de edição. Neste fluxo, investigam outras formas possíveis de comunicação e dão espaço para que duas existências possam alargar os imaginários de suas relações.

A peça foi apresentada no Sesc Avenida Paulista, Sesc 24 de maio, MIT – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, Centro Cultural da Vale no Maranhão e XIV Bienal Internacional de Dança do Ceará.

Co-direção, concepção e dança: Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
 Dramaturgia: Júlia Rocha | Desenho de luz e Espaço cênico: Hideki Matsuka | Operação de Luz: Patrícia Savoy
 | Adaptação de som e Composição ao vivo: Chico Leibholz | Criação sonora: Miguel Caldas, Rodolphe Alexis, Beatriz Sano e Eduardo Fukushima
 | Captação de áudio: Miguel Caldas, Rodolphe Alexis e Chico Leibholz | Fotos: Dany Satiko, Jesus Pèrez, Fernando Bizan e Paula Ramos | Figurino: Beatriz Sano, Eduardo Fukushima, Júlia Rocha, Isabel Ramos Monteiro e Hideki Matsuka | Captação de vídeo: Pedro Nishi | Produção: Corpo Rastreado